Lindamente, Sylvia se veste para a morte.
O teatro da vida desaparece, cedendo lugar aos espaços vazios por onde vagam as almas perdidas.
Silenciosamente, como se cedendo lugar à experiência transcendente da morte, Sylvia se despede da vida.
A porta estava fechada, não havia janelas. Não havia como ver o que havia do outro lado.
Era como se ela não se visse sólida, mas um espaço translúcido, onde resplandecia suas dores, minúsculas dores, enorme sofrimento.
Era como se através dos seus olhos ela não conseguisse ver nada. Mas o negativo de uma pessoa. Com o subconsciente dizendo; destrua, destrua, ao passo que a consciência, insistentemente, repetia; ame e produza, ame e produza.
Por trás destas palavras, fatalmente a destruição ganharia forma.
O homem quer o caos, diz o poeta. Ele deseja isso. Talvez Sylvia quisesse apenas dar uma ordem as suas emoções dilaceradas, uma métrica precisa aos seus versos de mudo desespero.
Nos últimos anos, dizia estar experimentando coisas novas. Passou a fumar como compelida a encontrar no cigarro um amante complacente, fiel ao seu sofrimento..
Seu cigarro, seu amante, a morte. O vento, o abrigo da fumaça, o abrigo eternizado da sua angústia viva.
O homem quer o caos, diz o poeta. Ele deseja isso. Talvez Sylvia quisesse apenas dar uma ordem as suas emoções dilaceradas, uma métrica precisa aos seus versos de mudo desespero.
Nos últimos anos, dizia estar experimentando coisas novas. Passou a fumar como compelida a encontrar no cigarro um amante complacente, fiel ao seu sofrimento..
Seu cigarro, seu amante, a morte. O vento, o abrigo da fumaça, o abrigo eternizado da sua angústia viva.
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