Esta noite vi G: D e eu abríamos caminho na enxurrada humana para sair do cinema, ela ia pelo outro lado de jaqueta preta. Mal a reconheci, maquiada, de olhos abatidos. Mas bela. “Andei procurando você por toda a parte”, falei, “G, telefone, escreva para mim”. Ela sorriu quase como a G. que eu conhecera, antes de sumir. Sabia que jamais teria uma amante assim como ela. Então saí de vestido branco, casaco branco, e me odiei pela hipocrisia. Adoro G. Tive outras amantes, eu sei. Algumas engraçadas. Diversão histérica. G. sou eu, o que eu seria se tivesse nascido numa família gaúcha de Novo Hamburgo. Significa mais para mim do que todas as moças graciosas e artificiais que posso conhecer. Ela é rude, dúbia. Talvez seja um dos meus egos. Talvez eu precise de alguém que jamais se torne minha rival.
Friday, March 20, 2009
" E de repente sua boca procurou a minha, intensa, veemente, a língua penetrando por entre meus dentes, os braços feito ferro a me prender"
Esta noite vi G: D e eu abríamos caminho na enxurrada humana para sair do cinema, ela ia pelo outro lado de jaqueta preta. Mal a reconheci, maquiada, de olhos abatidos. Mas bela. “Andei procurando você por toda a parte”, falei, “G, telefone, escreva para mim”. Ela sorriu quase como a G. que eu conhecera, antes de sumir. Sabia que jamais teria uma amante assim como ela. Então saí de vestido branco, casaco branco, e me odiei pela hipocrisia. Adoro G. Tive outras amantes, eu sei. Algumas engraçadas. Diversão histérica. G. sou eu, o que eu seria se tivesse nascido numa família gaúcha de Novo Hamburgo. Significa mais para mim do que todas as moças graciosas e artificiais que posso conhecer. Ela é rude, dúbia. Talvez seja um dos meus egos. Talvez eu precise de alguém que jamais se torne minha rival.
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