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Wednesday, July 06, 2011

Nossa conversa ontem mexeu muito comigo!
1. Oi, M. rs. Mas como estava te dizendo, foi difícil sair da web e ter te visto apenas naquela imagem congelada, quando você avisa ao rapaz da lan que seu tempo já tinha terminado. Na imagem você vira o rosto e tira o fone de ouvido! P. mim foi quase como um adeus, um aceno, um réquiem, uma maneira de dizer que não poderia existir mais nada entre nós. Meu coração partiu e se transformou em um pedacinho de ervilha naquele momento. Eu comecei a me lembrar da república, das suas visitas ao apartamento, de quando eu dormia com minha cabeça recostada em teu ombro! Eu esquecia todos os meus problemas quando estava envolta em teu corpo, naquele roupão preto, rs, que você me pedia sempre p. tirar e eu ficava com vergonha! O fato é que eu pensei muito em nós depois daquela conversa, chorei um pouco, uma lágrima apenas, escorreu dos meu olho esquerdo em direção a minha boca, depois um pequeno tremor nos lábios, até que meus dois olhos se encheram d água e eu desabei em um choro contido. Uma parte do meu coração está aí! A outra eu não sei o que fazer com ela! Sabe quando o mundo te apresenta todas as possibilidades de ser feliz e a única coisa que vem a sua mente é a cena de um filme com um belo ator francês se atirando do alto de uma janela depois de passar a ver o espírito da mulher que ele desprezou refletido no espelho? É assim que eu me sinto! Close na janela, aberta, indicando que o personagem se atira do alto de um prédio, próxima seqüência, personagem morto na calçada. Fim do filme!

Wednesday, March 23, 2011

Eles esperam nos levar para o jardim remoto, mas a morte chega pálida e arrojada, em uma hora estranha, sem avisos e planos, como um hóspede temido que você levou para a cama. A morte nos transforma em anjos, e nos dá asas onde tínhamos ombros macios como garras de corvos. Eu não partirei, prefiro um banquete de amigos
à uma família gigante. Agora a noite chegou com sua legião púrpura. Regressem para suas tendas e sonhos, amanhã visitaremos minha terra natal.
Certa vez tomei ácido e vi Jesus e Judas, eram uma só pessoa. Acho que deve ser mais ou menos isso. John está no terraço misturando remédios, eu estou na calçada criticando o governo.
Quando as portas se abrirem tudo parecerá infinito. Gosto de pessoas que tem a alma na cara. Deveríamos planejar um assassinato ou criar uma legião. Somos soldados de plástico numa guerra suja. Monstros de energia, devoramos consciências, digerimos o poder.
Não vá embora, venha dançar comigo. A serpente é longa, mede 3 metros, nas suas escamas se escondem homens. Se tivermos medo ela nos devora, mas se a beijarmos, um longo caminho pode se abrir, iluminado, até o desconhecido.
Digamos que eu testei os limites da realidade, eu estava curioso. As luzes se apagaram e os garçons recolheram as mesas, fomos embora recolhidos pela mórbida sensação de que a vida se encerra quando o álcool não mais escorre na corrente sanguínea. A cabeça girando, não mais obedecendo os limites do corpo, esvaíndo um psicodelismo controlado, digerindo as faixas luminosas estampadas nas paredes das lojas, as vitrines com bonecos de plástico, o gâs carbônico dos carros, o mendigo que pede um trocado. Tudo me causa repulsa, tem um rosto coberto por uma máscara , imagens que ficam retidas em minha cabeça, e logo ganham proporções monstruosas, me invadem. Nestes momentos paro de sentir a vida, deixo de viver, e fico congelada em uma redoma de plástico, respiração trôpega, olhar angustiante, caminhando em direção a minha casa como o mártir que penetra o anfiteatro, pronto para ser crucificado.
O ônibus azul se choca contra um carregamento de índios mortos no asfalto. A imagem de um grande xamã petrifica meu olhar, me fazendo olhá – lo por longos minutos, até que sua imagem se perde em um infinito maior que o meu, e me desmancho em lágrimas que cortam meu rosto como espinhos, fazendo da proximidade com a morte um momento de iluminação. Os espíritos dos índios mortos se juntam ao meu, de repente vejo Dionísio chegando na Grécia e enlouquecendo as mulheres, casais envoltos por uma grande cópula dourada, Baco servindo um banquete, luz e fúria que surgem do céu, deuses irropendo por todos os lugares, dançando nas calçadas, rosas que nascem no meio do asfalto.

Friday, August 13, 2010

Eu achava que a coisa mais bonita do mundo era a sombra, os milhares de desenhos em movimento e manchas paradas que a sombra faz. Tinha sombras em todos os lugares, , por baixo das casas, árvores e pedras, sombras por trás dos olhos e sorriso das pessoas e sombras, quilômetros e quilômetros delas, no lado escuro da terra.
Abaixei os olhos e vi os dois esparadrapos cor da pele, grudados em forma de cruz na barriga da minha perna direita. Tranquei a porta do banheiro, deixei a pia encher de água morna e peguei uma gilete.
Quando perguntaram a um velho filósofo romano como gostaria de morrer, ele disse que cortaria as veias durante um banho morno. Pensei que deveria ser fácil, deitada na banheira e vendo a vermelhidão da flor dos meus pulsos correr pela água clara, até que eu mergulhasse numa espécie colorida de papoula.
Mas quando chegou a hora a pele do meu pulso parecia tão branca e indefesa que não conseguia fazer. Era como se eu não conseguisse matar uma coisa que não estivesse sob aquela pele , nem no pulso fino e azulado que latejava sob meu polegar – estava em outro lugar, mais fundo, mais secreto e muito mais difícil de chegar.
Era necessário proceder em duas etapas. Um pulso, depois o outro. Três etapas, se considerasse trocar a lâmina de uma mão para outra. A seguir eu entrava na banheira e deitava.
Fiquei de frente para o armário de remédios. Se olhasse para o espelho na hora em que estivesse fazendo, seria como outra pessoa , num livro ou numa peça de teatro. Mas a pessoa no espelho estava paralisada e idiota demais

Deveria ficar tão animada como a maioria das garotas, mas não conseguia. Eu me sentia imóvel e oca como o olho de um furacão, se agitando estupidamente no meio daquele enorme tumulto. A poeira seca, cheia de fuligem, entrava nos meus olhos e descia por minha garganta. As ruas abafadas pareciam vibrar ao sol, e as capotas dos carros tostavam, brilhando de tão quentes. Eu me sentia um ônibus insensível e embrutecido.

Me sentia feia como a necessidade.

Fico com tanta inveja que perco a fala quando vejo a Betsy. Nunca tinha visto uma garota como a Betsy. Tinha olhos azuis como bolas de gude transparentes, praticamente indestrutíveis, e uma boca que parecia mostrar um eterno sorriso de desprezo. Não quero dizer um desprezo grosseiro, mas um divertido e misterioso desprezo, como se todas as pessoas ao redor fossem muito bobas e ela pudesse rir delas se quisesse.

Finalmente chegamos a festa da Mary. Eu estava com um vestido preto que custara quarenta dólares. O vestido tinha um corte estranho que não dava para usar nenhum tipo de sutiã, mas isso não era muito importante, já que eu era magra como um menino, quase não tinha curvas e gostava de me sentir meio nua nas noites quentes de verão. Fiquei nervosa por causa do vestido e da minha cor estranha, mas, como a Betsy estava por perto, esqueci tudo. Achei que estava esperta e cínica como nunca.

O bar estava tão escuro que eu quase só enxergava a Betsy. Com seu cabelo e vestidos brancos ela estava tão alva que parecia de prata. Achei que refletia os néons do bar. Eu me sentia misturada com as sombras, como o negativo de uma pessoa que eu nunca tinha visto.

Acho que vou tomar um uísque – disse Betsy.

Sempre me confundo na hora de pedir um drinque. Não sabia a diferença entre uísque e gim e jamais conseguia pedir uma coisa que gostasse.

Quero uma vodca – disse eu.

Betsy me olhou mais de perto.

Vodca com o que?

Pura. Sempre tomo pura – garanti.

( Seria ótimo se um dia eu pedisse um drinque e gostasse do sabor)

Eu gostava de olhar pessoas em situações difíceis. Se havia um acidente na estrada ou uma briga na rua, ou um feto num vidro de laboratório para ver, eu parava e olhava tanto que nunca mais esquecia. Claro que aquele homem de azul sozinho no balcão me chamou a atenção. Se há alguma coisa que não agüento é homem de azul. Pode está de preto, cinza, ou até marrom. Mas azul me faz rir.

Comecei a achar que, afinal, vodca era o meu drinque. Não tinha gosto de nada, mas ia direto ao estômago como a espada de um engolidor de espadas e fazia com que me sentisse forte e poderosa.

Betsy e um carinha se aproximaram e começaram a dançar. É meio deprimente olhar duas pessoas que estão cada vez mais interessadas uma na outra, principalmente se só você está sobrando na sala. Pensei em pegar um táxi. Estava farta daquele lugar cheio de guimbas de cigarro e guardanapos amassados. Fui de mansinho até o elevador e apertei o botão do meu andar. As portas fecharam como um acordeão silencioso. Depois minhas orelhas ficaram estranhas e notei uma enorme cara com olhos manchados e apertados como os de uma chinesa me olhando, idiota. Era eu mesma, claro. Fiquei pasma de ver no espelho como minha cara estava amassada e gasta.

Wednesday, April 14, 2010

Hoje como em muitas noites sozinha em meu quarto fico pensando em você. É quase um monólogo mental. Eu me imagino conversando contigo, e tantas coisas surgem dentro de mim, tantas palavras, pensamentos que parecem emanar de um lugar que eu desconheço. Como se nos conhecêssemos de outras vidas. É impressionante como a cada vez que eu me lembro de você eu tenho esta certeza tão arraigada. E eu percebo que o amor que eu sinto por você não cabe dentro de mim, ele me faz pensar-pensar-pensar , e de uma maneira tão intensa, tão pura, que eu chego a ficar cansada, e de repente adormeço com este mesmo pensamento a rondar minha mente. Talvez tenha sido isso que eu queria te dizer hoje mais cedo. Como em tantas outras noites, aqui, sozinha, com sua lembrança a me envolver, me dominar.
Dan, eu te amo incondicionalmente, and so so deeply, que eu posso chegar a afirmar que você é o único homem da minha vida, aquele em quem eu sempre confiarei, aquele que eu sei que sempre me olhará com um sorriso meigo e um olhar de preocupação e de amor.
Putz, eu queria poder transcrever agora tudo o que eu estava pensando sobre você. Mas você sabe, não é fácil, o pensamento é mais rápido que a escrita, e muita coisa se perde.
Bem, o que eu posso te dizer é que eu saí da cama a poucos minutos, fumei um cigarro, fui até a janela, e voltei tendo a certeza de que meu coração só iria conseguir sossegar depois que eu te escrevesse algo, depois que eu expressasse o que eu estou sentindo, por que meu coração fica apertado, e chega a doer, uma dor que eu não sei explicar, que as vezes eu acho que nem é apenas pela ausência, mas uma dor que é indescritível, que eu não consigo entender. Como eu gostaria de entender este amor incondicional que eu sinto por você!
Sabe, uma das coisas que eu mais quero na vida é manter nossa amizade exatamente da maneira como ela transcorreu ao longo da nossa convivência. Eu quero poder voltar a sonhar contigo. Como são deliciosos nossos sonhos! Eles parecem às vezes não caber dentro de nós mesmos. E pensar que pequenos detalhes reafirmaram o amor que sentimos um pelo outro. Como sua insistência em querer me fazer pensar em minha vida, pensar em ter uma carreira, sua vontade de mostrar p. as pessoas o meu valor. Você, que me faz querer ter um lugar no mundo, que me faz querer reconhecer a minha importância, quase como se falássemos através de um espelho, onde o que você me fala chega a ser também um reflexo do que você fala p. você mesmo. Mas é desta forma que as verdadeiras amizades se solidificam, não é mesmo?
Dia destes estava me lembrando de quando nos arrumávamos p. sair e da sua precisão e desejo de que eu me vestisse da melhor maneira possível. A sua mão doce, lenta, quando resolvia escovar meu cabelo. Eu me lembro até do seu olhar fixo sobre meu rosto, tentando me maquiar, me deixar bonita. E de quando depois de arrumada você dizia que eu estava linda. Como isso me fazia bem!
Olha, eu te amo. Amo-te de uma maneira que eu não consigo entender, e talvez não seja tão importante assim entender este amor, mas apenas senti-lo, e senti-lo eternamente, até por que eu acredito que tenha sido mesmo através da eternidade, da linha contínua da vida, ou das vidas, que nosso amor foi se tornando cada vez forte.
Estava pensando também em um certo imã mental que nos une. Como quando assistimos ao mesmo filme, nos emocionamos, mesmo não estando juntos! Por que será que isso acontece entre a gente? Agora escrevendo eu perdi um pouco da intensidade do que eu estava sentindo a alguns minutos quando estava deitada em minha cama e o monólogo mental pairava sobre minha mente. rs. Tem outras coisas que preciso falar contigo. Mas talvez pessoalmente seja melhor. Afinal tudo flui tão bem entre a gente! Como se um oceano de palavras transcorresse entre nós em uma simples conversa regada a café e textos imensos que tínhamos que dissecar p. o dia seguinte. rs. Engraçado que destas leituras nós fazíamos observações sobre nossas vidas, nosso estar no mundo, e de uma leitura externa, as apreensões intrínsecas surgiam, e um oceano de palavras emanava violentamente, nos deixando estáticos e absortos tamanha a violência das nossas apreensões, das nossas análises, e da maneira como as sentíamos.
Acho que por hoje consegui deixar meu coração mais calmo, depois de te escrever me sinto mais ALIVIADA!
Amo´te, com a certeza de que nosso amor é eterno, e de que onde quer que nós estivermos ele estará presente!
J.

Friday, January 08, 2010


The addict

Sleepmonger,

deathmonger,

with capsules in my palms each night,

eight at a time from sweet pharmaceutical bottles

I make arrangements for a pint-sized journey.

I'm the queen of this condition.

I'm an expert on making the trip

and now they say I'm an addict.

Now they ask why.


WHY!

Don't they know that I promised to die!

I'm keping in practice.

I'm merely staying in shape.

The pills are a mother, but better,

every color and as good as sour balls.

I'm on a diet from death.

Yes, I admit

it has gotten to be a bit of a habit-

blows eight at a time, socked in the eye,

hauled away by the pink, the orange,

the green and the white goodnights.


I'm becoming something of a chemical

mixture.

that's it!

My supply

of tablets

has got to last for years and years.

I like them more than I like me.

It's a kind of marriage.

It's a kind of war where I plant bombs inside

of myself.

Yes

I try

to kill myself in small amounts,

an innocuous occupatin.


Actually I'm hung up on it.

But remember I don't make too much noise.

And frankly no one has to lug me out

and I don't stand there in my winding sheet.

I'm a little buttercup in my yellow nightie

eating my eight loaves in a row

and in a certain order as in

the laying on of hands

or the black sacrament.


It's a ceremony

but like any other sport

it's full of rules.

It's like a musical tennis match where

my mouth keeps catching the ball.

Then I lie on; my altar

elevated by the eight chemical kisses.

What a lay me down this is

with two pink, two orange,

two green, two white goodnights.

Fee-fi-fo-fum-

Now I'm borrowed.

Now I'm numb.


Anne Sexton

Wednesday, January 06, 2010

Sarah – Do you know what you need? Some good editor. Do you know Joe Nichols?

Jenny – Yeah, he is gay. Beautiful, but gay.

Sarah – A little tongue in his ass, he is yours.

Sarah In your first work you created me as someone who was in the middle of a war. Someone with a history of mood, blackouts and hearing voices. I used to be isolated with this huge number of doctors and nurses, men, everyone scared with the imminence of death.

Jenny – That scenario was an artificial paradise, Sarah. It was not reality; that was a place full of illusion.

Sarah –Mutilated pieces of meat spread everywhere, women hanging out the trees. I felt smaller.

Jenny – But there is light when we die, and we feel small when the great light is coming.

Have you ever seen the beauty of a little girl looking at a dead bird?

Sarah - No, Jenny. This is too much. Wake up!

Jenny - But we are so fragile, there is weakness in all of us. We should be strong, but we are not.

Sarah – And you are the Queen of the illusions, living in the highest point of a sophisticated building, with your notebook, your papers, your wine. Selfish! With your synapses’ sending orders all the time; move your legs, move your body, die, when you are paralyzed, in your castle made of pain.

Jenny - I hate machines in real life. I have no patience with them. I hate my notebook and what it represents to me.

Sarah - Advanced technology works, baby.

Jenny - A guy shoots a gun of the future and it blows up. I go into a futuristic kitchen and it mal-functions.

I just don´t get along with machines.

Sarah - When you will be able to get rid of this room?

Jenny – I want to die in my own bell jar, buddy. And it has nothing to do with you.

Sarah – Have you made any plans?

Take an overdose, slash your wrists then hang yourself. All those things together.

Jenny – It wouldn´t work.

Sarah – Of course it would.

Jenny - It wouldn´t work.

I´d start to feel sleepy from the overdose and wouldn´t have the energy to cut my wrists then hanging up myself.